segunda-feira, 8 de abril de 2013

O Feitiço da Lua - Opinião



O Feitiço da Lua, de Sarah Addison Allen

Por vezes é necessário acreditar no impossível!

No seu mais recente romance mágico, Sarah Addison Allen convida-nos a visitar uma pitoresca cidade do sul dos Estados Unidos onde duas mulheres bem diferentes descobrem como encontrar o seu lugar no mundo - por mais deslocadas que se sintam.

Emily Benedict vai para Mullaby, na Carolina do Norte, na esperança de pelo menos resolver alguns dos mistérios que rodeiam a vida da mãe. Porém, assim que Emily entra na casa onde a mãe cresceu e trava conhecimento com o avô, cuja existência sempre desconhecera, descobre que os mistérios não se resolvem em Mullaby, são um modo de vida: o papel de parede muda de padrão para se adequar ao estado de espírito do ocupante do quarto, luzes inexplicáveis dançam pelo quintal à meia-noite e uma vizinha, Julia Winterson, cozinha esperança sob a forma de bolos, desejando não apenas satisfazer a gulodice da cidade mas também reacender o amor que receia ter perdido para sempre. Mas porque desencorajam todos a relação de Emily com o atraente e misterioso filho da família mais importante de Mullaby? Ela veio para a cidade a fim de obter respostas, mas tudo o que encontra são mais perguntas.
Um bolo de colibri poderá trazer de volta um amor perdido? Haverá mesmo um fantasma a dançar no quintal de Emily? As respostas não são o nunca o que esperamos, mas nesta pequena cidade de adoráveis desadaptados, o inesperado faz parte do dia-a-dia.

Já aqui disse que gosto muito dos livros de Sarah Addison Allen. Gosto da forma doce dos seus romances. Doce e mágica, sem precisar de entrar nas “erotices” que andam na moda.
A autora consegue dar sempre um toque mágico a relações nem sempre amorosas. Retrata relações de amizade, de família, que nos deixam a pensar nas nossas próprias.
O Feitiço da Lua não é excepção.
Apresenta-nos Emily, uma adolescente assustada que chega a uma nova terra. Sozinha, após a morte da mãe, é enviada para casa de um avô de que nunca tinha ouvido falar, numa cidade que nunca conhecera. Encontra uma casa velha, um avô pouco falador mas diferente dos demais: nada mais que um dos homens mais altos do mundo.
Mas se Emily chega com ideias de preservar as boas memórias da mãe depressa descobre que a cidade não tem boas memórias. Os habitantes contam histórias de uma pessoa muito diferente daquela que Emily conheceu. E não demonstram estar dispostos a perdoar e a esquecer.
Emily encontra apoio em Julia, a vizinha, que cozinha bolos à noite na esperança que alguém que procura lhes sinta o cheiro e a encontre. Julia tem um passado que é desvendado aos poucos. Um amor que a magoou e que a fez fugir do mundo. Mas teve de voltar. E com ela trouxe o cheiro dos bolos e a possibilidade de um amor perdido.
Como irão Emily e Julia enfrentar juntas o passado para viver o presente? Numa cidade que respeita a tradição e torce o nariz a forasteiros. Um local onde luzes estranhas correm pelos bosques à noite e pessoas conseguem ver o aroma dos bolos a chamá-las.
Uma história encantadora, capaz de fazer sonhar, e onde eu, pessoalmente, encontrei muito de mim.
Sabe bem ler histórias assim!

2 comentários:

  1. Sim, é a tua cara! Esta semana recebo uma encomenda da Fnac que inclui um livro dela! Depois te digo o que achei...
    Beijos, mil

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    1. Como me conheces bem, minha irmã :D
      Hum... e qual é o título que te vai chegar às mãos? A mim só me falta ler O Quarto Mágico que já ali está na prateleira a sorrir para mim.
      Beijo enorme!

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