Hex
Hall, de Rachel Hawkins
Um
bilhete só de ida para um colégio interno perdido nos pântanos do Louisiana era
talvez a última coisa que Sophie Mercer esperava receber pelos seus dezasseis
anos. Mas Sophie não é uma adolescente igual às outras. Sophie é uma feiticeira
e, tal como os outros prodigium, feiticeiros, fadas, lobisomens e vampiros,
Sophie não pode frequentar uma escola normal. O que Sophie esperava ainda menos
era ser companheira de quarto de Jenna, a única vampira da escola, e ver-se
enredada numa trama para descobrir quem anda a assassinar os alunos da escola
ao mesmo tempo que tem que lidar com os seus novos poderes, a descoberta da
importância do seu Pai na hierarquia dos feiticeiros e a sua paixão pelo
namorado da sua mais recente inimiga.
Tinha alguma curiosidade sobre este
livro. Uma das coisas que me chamava a atenção era a capa. Infelizmente as
novas edições mudaram de capa. A inicial era muito mais original e demonstrava
a dualidade presente na história do livro (a capa inicial ilustra esta opinião).
Sophie é-nos apresentada de uma
forma bastante interessante ao tentar protagonizar um feitiço de amor que não
tem os resultados esperados. Aos poucos somos apresentados à história de uma
rapariga que afinal é bruxa mas que deu demasiado nas vistas e por isso é
mandada para a escola de Hecate Hall, o lugar para onde os seres prodigiosos
que fazem asneira no mundo real são enviados de maneira a aprenderem a ser mais
discretos.
Aqui o livro adquire os contornos
claramente adolescentes dos livros da moda. O tema não foge a isso: uma escola
de seres mutáveis, prodigiosos e cheios de poder.
A autora vai-nos apresentando as
várias personagens, as histórias por trás de Hecate Hall, conhecido como Hex
Hall, os campos, toda a história que envolve estes seres diferentes. A história
dos membros do L’Occhio di Dio faz-nos lembrar sociedades secretas dos Illuminati.
Mas para Sophie nem tudo é um mar
de rosas. Colegas começam a aparecer desfalecidas, sem gota de sangue no corpo,
e Jenna, a sua única amiga, e vampira, é acusada dos acontecimentos. A verdade,
contudo, é que algo muito mais poderoso e impensável assombra os campos de Hex
Hall e com ele traz a verdadeira história da família de Sophie.
Uma história leve e fácil de ler já
que é dirigida, maioritariamente, a adolescentes. Não acrescenta nada de novo
mas consegue ser interessante e, em algumas partes, agarrar o leitor à
história.
O meu pormenor favorito? Tornar
Lord Byron professor na escola, mantendo a sua fama de vampiro, claro.