quarta-feira, 24 de junho de 2015

Como da Primeira Vez, de Mike Gayle - Opinião

Como da Primeira Vez, de Mike Gayle

Jim e Allison namoraram durante uma década. Conheceram-se na associação de estudantes e a partir desse dia partilharam uma vida a dois intensa e apaixonada, embora conflituosa e complexa. Apesar de gostarem muito um do outro, não foi o suficiente para manterem a relação e decidiram separar-se, dividindo todos os bens, incluindo o gato. Afastados fisicamente, iniciaram outras relações amorosas com o objectivo de viverem uma nova etapa, diferente da anterior. Mas o destino volta a aproximá-los e três anos mais tarde, encontram-se acidentalmente. A memória das recordações passadas irrompe invadindo o presente e inquieta Jim e Allison. Por que razão o relacionamento deles não deu certo? Será que ainda vão a tempo de o recuperar? Uma comédia romântica ao nível da melhor ficção assinada por um escritor bestseller.

Ando com alguma dificuldade em ler. Uma fase, acho. E após acabar um livro da nova moda erótica apetecia-me algo mais calmo, mais prático, mais jovial… enfim… diferente. E então lembrei-me deste livrinho que já tinha em casa há quase dois anos e que ainda não tinha tido a honra de sair da estante.
Não é a primeira vez que leio algo de Mike Gayle. Anteriormente li Ao Virar dos Trinta, que curiosamente li ao virar dos 30, e que me deixou bem impressionada com a jovialidade e facilidade de lermos e gostarmos.
Assim não foi difícil dar a oportunidade novamente ao autor quando o que eu precisava era mesmo de algo diferente.
A história é contada a duas vozes, a de Jim e Allison, como se de um diário se tratasse. Ou seja, com data e hora. Por vezes a versão de um ou outro dista apenas uns minutos. Começa no tempo presente, com os dois personagens já divorciados, cada um com uma vida diferente, com pessoas diferentes, mas que entram em contacto pelo amor comum a Disco, a gata. A partir daqui estão lançados os dados para contarem a sua história remontando aos tempos da faculdade em que Jim e Allison se conhecem. Uma tentativa frustrada de Jim engatar uma miúda gira e que Allison não achou piadinha nenhuma. O tempo foi passando e reencontram-se um ano depois e a partir daqui não conseguem negar a atracção que têm um pelo outro.
Os anos foram passando, a vida continuou. Acabou a faculdade vieram os empregos, depois a casa, depois o casamento. Mas a dada altura algo falha. O que nos leva ao presente, e ao contacto entre os dois.
A história é muito gira. Faz-nos rir em alguns momentos. E como sabemos desde o inicio que se vão divorciar faz-nos sempre torcer para que haja uma reviravolta e fiquem juntos novamente. É fácil de ler, consegue agarrar-nos de uma forma suave e calma.
As personagens são construídas e crescem de uma forma interessante ao longo da história. Há até alturas em que nos conseguimos identificar com algumas situações, o que acaba por tornar a leitura mais prazerosa.

Um livro que aconselho para levar para a praia agora. Ou para o bosque num piquenique. 

domingo, 14 de junho de 2015

Viciada em Ti, de Laurelin Paige - Opinião

Viciada em Ti, de Laurelin Paige

Perseguições e obsessão são uma coisa do passado para Alayna. Agora que acabou de receber o seu MBA, vê o futuro com outros olhos e está cheia de planos. Um deles é a sua ascensão profissional no clube noturno onde trabalha, o outro é manter-se afastada de qualquer homem que desencadeie nela a sua compulsão amorosa. Mas Alayna não estava à espera de conhecer um homem como Hudson Pierce, o novo dono do clube. Inteligente, bonito, rico, é justamente o tipo de homem de quem tem de se manter afastada. Só que ele quer Alayna na sua cama, e não faz segredo disso. 
Arrastada para o seu universo, em parte por uma proposta de trabalho irrecusável, não consegue resistir ao seu magnetismo. Quando descobre que também Hudson tem uma história sombria, compreende tarde demais que se apaixonou pelo pior homem com quem se poderia envolver. Ou talvez o passado de cada um deles lhes dê oportunidade de curarem as suas feridas e encontrarem o amor que falta nas suas vidas…

O blog tem andado um pouco parado. Infelizmente porque ando a não ler quase nada. Sabem aquelas alturas em que parece que nada nos convence, nada nos agarra? É isso mesmo que se anda a passar por estes lados. Além disso o stress do dia a dia prejudica ainda mais a leitura.
Este livro foi um empréstimo a ver se “a coisa” arrebitava. Propus-me, pelo menos, a tentar ler até ao fim. 
Logo ao início percebi que existem bastantes semelhanças deste livro com os do famoso Sr. Grey. Mas não serão todos estes livros que explodiram atrás da fama do Sr. Grey mais do mesmo? Pelo menos é o que penso…
É mais um livro pseudo-erótico-pornográfico (que não consegue chegar aos pés do Sr. Grey). No entanto, acreditem ou não, acho que consegui ver mais piada na história deste. Ou pelo menos em alguns pontos da história.
A autora, desconhecida até então, apresenta-nos Alayna, uma empregada de um bar/discoteca mas que trabalha no bar porque gosta realmente do ambiente e do trabalho. Na realidade Alayna tem um MBA em gestão e várias ofertas de emprego assim que acabou o curso. Mas Alayna tem um passado complicado assente na perda dos pais, na falta de amor e na falta de atenção que originaram um comportamento obsessivo com relações. 
Do outro lado temos Hudson. Um jovem génio que dirige as empresas familiares. Também ele vindo de um passado onde prevalece uma família disfuncional que vive de aparências e um comportamento obsessivo, destrutivo e sociopata. A junção destes dois mundos não é fácil e a proposta de Hudson nada normal. Alayna e Hudson formam uma parceria onde ela finge ser sua namorada enquanto tenta desesperadamente não se apaixonar por ele e voltar aos seus comportamentos obsessivos.
É uma grande história? Não. Distrai? Sim. Vale por isso. No entanto chega a uma altura em que parece mais do mesmo já que todos estes livros se parecem basear nesse Sr. Grey.
Serviu pelo menos que me voltasse alguma da vontade de ler. Só por isso valeu a pena.


P.S – Descobri agora que existe continuação. O que significa que realmente é mais uma tentativa de cópia e de alcançar sucesso com os livros da moda.