Amuleto,
de Roberto Bolaño
«Com 2666, Roberto Bolaño redefiniu
a forma do romance; com a narrativa delirante de Amuleto, reinventa aquilo em
que a literatura se poderá transformar.» New Statesman
A voz arrebatadora de Auxilio
Lacouture narra um crime atroz e longínquo, que só virá a ser desvelado nas
últimas páginas deste romance – no qual, de resto, não escasseiam crimes, sejam
eles os dos quotidiano, ou os da formação do gosto.
Uruguaia de meia-idade, alta e
magra como Dom Quixote, Auxilio ficou escondida na casa de banho das mulheres,
enquanto a polícia ocupava, de forma brutal, a Faculdade de Filosofia e Letras
da Cidade do México, em 1968. Durante os dias que aí permaneceu, os lavabos
converteram-se num túnel do tempo, que lhe permitiu rememorar os anos vividos
no México e antever os que estavam por vir.
Neste exercício evoca a poeta
Lilian Serpas, que foi para a cama com Che, e o seu desafortunado filho; os
poetas espanhóis León Filipe e Pedro Garfias, a quem Auxilio serviu
voluntariamente como empregada doméstica; a pintora catalã Remedios Varo e a
sua legião de gatos; o rei dos homossexuais da colónia Guerrero e o seu reino
de terror; Arturo Belano, uma das personagens centrais de Os Detectives Selvagens; e a derradeira imagem de um assassínio
esquecido.
Nas livrarias a 8 de Março
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