Matias
da Maia, de Adriano Milho Cordeiro
Um Jesuíta Português, natural da
Atalaia, na China do Século XVII e a Construção de entrelaços culturais na
vastidão do Império
Edição
da Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha
Na
obra de Matias da Maia sentimos a sapiência intensa e admirável de um singular
teólogo e filólogo, a investigação cadente do seu pensamento, a causa de certos
acontecimentos ocorridos em eras para nós já longínquas, onde, ondas de
destruição e de reconstrução foram traçando os percursos nas ondas da Navegação
do devir histórico e das relações entre civilizações ancestrais.”
Este livro foi-me oferecido pelo
próprio autor, um amigo de outras paragens. É uma edição de Junho de 2013
editada pela Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha. Não é um romance, mas
simplesmente os factos verídicos de uma época de descobrimentos, de novos
contactos com outras culturas.
É sabido que durante o século XVII,
e não só, foram vários os religiosos que aportaram nas novas terras, a ocidente
e a oriente, na tentativa de converter, além de compreender, os novos povos.
Neste livro, uma espécie de tese, são referidos vários documentos da altura com
cartas ânuas da China onde descobrimos não apenas as ideias da altura, mas
todos os acontecimentos, como por exemplo, a passagem das várias dinastias no
oriente.
Não é por isso um romance, como
referi. São textos históricos que documentam uma época e que não deixam de ser
interessantes porque com eles aprendemos sempre mais.
Um livro muito fácil de ler, rápido.
E que me soube a pouco…
No final, o autor apresenta-nos
cópia de um documento intitulado “Relação da Conversão a nossa SanctaFè da
Rainha, &Principe da China, & de outras pessoas da casa Real, que se
baptizarão o anno de 1648”. Documento este que está na base da pesquisa de todo
este livro: o ter encontrado um padre jesuíta natural da freguesia da Atalaia,
concelho de Vila Nova da Barquinha, e que escreveu esta “Relação”. Uma visão
sem dúvida interessante e que enriquece sempre a cultura de quem o lê.
Deixo-vos um trecho que gostei
bastante:
“Talvez
tenhamos de ser de novo cultores de palavras e de poesia num mundo demasiado
mercantilizado. Deixemos para trás os “priapescos” deuses do “vil metal” a fim
de alcançarmos a mística que a literatura nos oferece – fonte para nos
conhecermos melhor – que possibilita um melhor entendimento sobre as
alteridades de um mundo globalizado e ainda pleno de biodiversidades étnicas e
socioculturais, onde urge efectivar pontes de palavras… actos e trabalho!
Percorramos
de novo Mares e Oceanos… e celebremos com Palavras a grande aventura da vida.
Ainda que perpetuamente o Caos espreite em redor, o remanescente avirá em
harmonia.”
Arranjas-me um exemplar deste livro, para oferecer à minha irmã Andrea? Depois diz quanto foi, é da área académica dela e acho que lhe vai interessar particularmente.
ResponderEliminarBeijoca
Sim. Vou falar com o Adriano e depois digo-te qualquer coisa. Mas em principio agora só estou com ele daqui a 15 dias.
EliminarCalculo que seja mesmo interessante para a Andrea.
Beijocas grandes