Azul-Corvo,
de Adriana Lisboa
«Após
a morte da mãe, Evangelina, Vanja, decide voltar aos Estados Unidos, onde
nasceu, para tentar localizar o seu pai. Em companhia do ex-marido da mãe,
Fernando, e de um simpático garoto salvadorenho, Carlos, ela mergulha em
recordações alheias para organizar a sua própria história. Neste trajecto,
Vanja também toma consciência do passado recente do Brasil, por meio das
lembranças de Fernando, o ex-guerrilheiro no Araguaia.
Azul-Corvo
é um romance sobre a pertença – e nesse sentido Adriana Lisboa propõe uma
discussão mais do que actual. Todas as personagens estão em trânsito (uma
verdadeira diáspora de indivíduos) e os lugares que habitam são provisórios,
precários, movediços. Vanja, a certa altura, pergunta-se se “o espaço que uma
pessoa ocupa no mundo sobrevive à própria pessoa”. Ora narrando as suas
memórias provisórias, feitas de sofrimento sim, mas alicerçadas em amizades
sinceras, o livro termina quando a sua vida efectivamente começa, ou seja,
quando Vanja passa a ocupar um espaço próprio no mundo. Uma história
inesquecível.»
Luiz
Ruffato
Nas livrarias a 25 de Maio
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