O Castelo dos Pirenéus,
de Jostein Gaarder
«Como
explicamos as coisas para as quais não temos respostas? Esta é a questão
central do novo romance de Jostein Gaarder. O autor descreve-nos as posições
das personagens com grande intensidade e comove-nos profundamente com a
situação em que se encontram.» - Times Literary Supplement
Depois de trinta anos sem se verem, Solrun e Steinn reencontram-se,
inesperadamente, no mesmo hotel onde viveram um amor apaixonado. Mas esse mesmo
hotel, que em tempos testemunhara a força do seu amor, esconde também o
mistério que envolveu o seu fim. Regressados às suas vidas presentes, os dois
iniciam uma intensa e secreta troca de emails que volta a incendiar a antiga
paixão, fazendo-os questionar os seus casamentos. Um romance fascinante nos
leva a reflectir sobre a natureza da fé, do acaso, do universo e de tudo o que
nele existe.
O Castelo dos Pirenéus é o meu regresso ao meu
escritor preferido. É como chegar a uma casa quente e acolhedora após um
passeio ao frio. Entramos seguros e em pouco tempo afundamo-nos na escrita
cativante do autor.
Desta vez Jostein Gaarder traz-nos a correspondência
de dois ex-namorados que se tornam a encontrar trinta anos depois. Terá sido
coincidência? É esta coincidência, a busca de uma consciência do mundo e a
discussão da fé de cada um que origina a troca de emails que se sucede entre os
dois.
Revivem a sua história, a sua busca interior e o
acontecimento que trinta anos antes ditara a separação.
Steinn tornou-se um cientista, longe da fé.
Solrun acimentou a sua busca pela fé, por um criador, por uma alma. Ambos
viveram separados. Casaram e têm filhos. Mas o reencontro funciona como uma
purga de velhos fantasmas.
Retomando um tema já focado em Maya – O Romance
da Criação, Jostein Gaarder volta a usar o big bang e a evolução para nos fazer
questionar a alma e a consciência humana.
Um livro que nos deixa a pensar. Que nos impede
de desligar, mesmo depois de pousado. Uma viagem às nossas próprias crenças e à
nossa alma.
Sabe bem voltar a casa!
"É assim tão importante? Ter razão? Ou ter o desejo e a capacidade de lançar as irritantes sementes da dúvida na fé de outrem?"
Querida, não quis ler a tua crítica antes de terminar o livro (o que fiz ainda agora). Realmente, o Jostein Gaarder não mudou muito desde os tempos do Mundo de Sofia. As mesmas cosmogonias, com uma minúcia que nos faz perder e voltar atrás...
ResponderEliminarTenho a dizer que detestei o fim do livro, embora já começasse a prevê-lo há uns capítulos...
Depois do Guernica e o Castelo dos Pirinéus, estou pronta para uma história mais divertida a seguir.
Beijinhos
Percebes agora porque o li tão rapidamente? Não o consegui largar na viagem até Guimarães. Como sempre Jostein Gaarder deixa-me a pensar. Neste livro sobre as relações, os segredos e a fé. A frase que deixei na opinião do livro, sobre ter ou não razão, ainda me assombra pois ainda não cheguei a uma conclusão.
EliminarTambém não gostei do fim. Mas acho que seria inevitável. Seria o único fim possível para esta história.
Beijo grande!