Os
Fantasmas do Rovuma, de Ricardo Marques
A
epopeia dos soldados portugueses em África na I Guerra Mundial
Durante
a Grande Guerra, nas condições implacáveis do mato no Norte de Moçambique,
milhares de soldados portugueses enfrentaram o inimigo alemão e desceram ao
inferno. Escrito a partir de diários pessoais e documentos esquecidos, este é o
relato de um pesadelo real vivido por homens sem esperança nem rumo nos confins
de África. Uma aventura imperdível, feita de coragem e abnegação, que a
História tentou apagar.
Este livro conta-nos a história de
uma guerra de quem ninguém falou, reconstituição minuciosa de uma parte da
nossa história que continua na mais completa obscuridade: as campanhas
portuguesas no Norte de Moçambique durante a Primeira Guerra Mundial.
Entre 1914 e 1918, Portugal enviou
quatro expedições militares para a frente mais esquecida da Grande Guerra. No
norte de Moçambique, junto às margens do Rovuma, milhares de homens viram-se
condenados a marchas de centenas de quilómetros pela selva - sem comida nem
água, sem sapatos, sem roupa, apenas com medo.
Os desastres sucederam-se. Os
alemães eram mais rápidos, mais eficazes e conseguiam viver do que encontravam
no mato. De ambos os lados, sempre esquecidos, centenas de milhares de
africanos incógnitos roubados às suas aldeias e às suas vidas transportavam os
mantimentos e as armas de uma guerra que nada lhes dizia. Esta é a história
desta grande aventura contada pelos homens que a viveram.
Para Moçambique, foram enviados da
metrópole 19 438 militares. A estes juntaram-se, ao lingo de 4 anos,
portugueses que viviam na colónia e soldados indígenas. No total, a frente
africana envolveu 39 201 combatentes.
O Autor
Ricardo Marques nasceu em 1974.
Jornalista do Expresso, trabalhou também no Correio da Manhã e na revista
Sábado. É autor dos livros Moçambique, o
Regresso dos Soldados e Assim Matam
os Portugueses.
Vive em Peniche. É casado e tem
duas filhas.
Traição a Salazar, de José António Barreiros
Traição a Salazar, uma história verídica de duplicidade e clandestinidade. Resulta de uma
investigação sobre a história, de uma organização inglesa desmantelada pela
PVDE (antecessora da PIDE).
Traição a
Salazar reconstitui com minúcia uma história de intrigas e conjuras, de espionagem
e contra-espionagem, uma conspiração que pôs em causa a mais antiga aliança
diplomática do mundo. Aborda o destino da chamada Rede Shell – uma organização
britânica clandestina que se estendia todo o país e algumas colónias e que
tinha como principal objectivo realizar sabotagens caso os alemães invadissem o
país.
Em 1941, os
ingleses temiam que Hitler, depois de subjugar a França, avançasse para a
Península Ibérica. Receando essa invasão e desconfiando das intenções de
Salazar, decidiram montar em Portugal uma rede clandestina que deveria destruir
pontes, estradas e outras infra-estruturas para travar as tropas nazis. Com
esta difícil missão, foi enviado para Lisboa um agente do SOE, o serviço de
operações especiais britânico encarregue da «guerra não cavalheiresca».
John
Grosvenor Beevor instalou-se em Lisboa e recrutou os elementos desta rede
constituída por ingleses e portugueses, entre os quais vários funcionários da
empresa Shell e personalidades como o barão de Vilalva ou Cândido de Oliveira,
mais tarde fundador do jornal A Bola. Mas quando Beevor decidiu
convencer a Legião Portuguesa a alinhar nos seus planos, Salazar depressa
reagiu. O ditador estava atento aos propósitos secretos de Londres.
O Autor
José António
Barreiros nasceu em 1949 e é advogado. Em paralelo a essa actividade, tem-se
dedicado à escrita jurídica e ao ensaio histórico, como a introdução à obra O
Príncipe de Maquiavel. Tem-se destacado no sector dos estudos sobre a guerra
secreta em Portugal nos anos 1939-1945.
Publicou os
livros A Lusitânia dos Espiões, colectânea de artigos; O Homem das
Cartas de Londres, biografia de Rogério de Menezes, agente do Eixo; Uma
Agente Dupla em Lisboa, biografia de Nathalie Sergueiew, do XX Committee; O
13.º Passageiro, sobre a fatídica viagem do actor Leslie Howard a Lisboa; e
Ensaio sobre a Imortalidade, estudo psicológico sobre Ian Fleming e o
seu intérprete James Bond. Traduziu e prefaciou a narrativa histórica Eu
roubei o Santa Maria de Jorge Soutomaior. Com a Oficina do Livro,
co-autorou Levante-se o Véu!, um ensaio sobre o estado da Justiça; e
publicou também O Espião Alemão em Goa, sobre o ataque dos comandos
britânicos a navios do Eixo internados em águas portuguesas na Índia.
Filhas,
de Paulo José Miranda
Memórias e segredos num ziguezague
que intercala o romance histórico e o presente, como o tempo de um jogo de
futebol.
1746. O rei D. João V anuncia aos
habitantes das ilhas dos Açores que a Coroa concede benefícios a quem decidir
emigrar para o litoral sul do Brasil.
Ao embarcar nesta aventura, João
Cabral cruza-se com Maria de Fátima, uma mulher fascinante e invulgarmente
emancipada para época.
Desta união nasce uma descendência
que marcará a saga da família Oliveira Cabral e a origem da colonização do Sul
do Brasil, Florianópolis, antiga Ilha do Desterro.
Paulo José Miranda conduz-nos pela
intimidade desta família através de uma empolgante viagem pelos laços que unem
pai e filhas, Portugal e o Brasil.
O
Autor
Licenciado em Filosofia pela
Universidade de Lisboa, Paulo José Miranda (1965) é poeta, romancista e
dramaturgo. Tem vários poemas, textos e artigos editados em revistas e jornais
de vários países. Ganhou o Prémio Teixeira de Pascoaes com o seu primeiro livro
de poesia, A Voz que nos Trai (1997),
e o Prémio Literário José Saramago com o seu segundo romance, Natureza Morta (1998). Publicou também O Corpo de Helena (teatro), A Arma do Rosto (poesia), Um Prego no Coração, Vício (ficção), O Tabaco de Deus (poesia), O Mal (ficção), A América (teatro).
Desde 1998 que é membro do Pen
Club. Foi bolseiro do Ministério da Cultura e da Fundação Oriente. Viveu em Istambul.
Actualmente reside no Brasil.
Oficina do Livro
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