quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025

Review - O Café Pumpkin Spice


O Café Pumpkin Spice, by Laura Gilmore

Esperava mais e melhor. Relativamente pequeno, este livro conta-nos a história de Jeanie que num ímpeto de mudar radicalmente de vida fica com o café da sua tia Dot na pequena cidade de Dream Harbor. Lá encontra Logan que mantém vivos fantasmas de amores passados e humilhação pública.

Entre os medos de um e outro vamos conhecendo as personagens que habitam esta cidade.

É uma história fofinha, sem grande desenvolvimento nem nada muito fora do normal. Faz lembrar os filmes da Hallmark. Acho que era evitável a descrição pormenorizada de pornografia barata, mas parece que agora é o que vende....

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2025

Olá, Linda

Olá, LindaOlá, Linda by Ann Napolitano

Uma bela surpresa para inicio de ano. Este livro estava na minha TBR desde que saiu e fui acompanhando as reviews de quem ia lendo.
É uma escrita leve, com uma cadência certa, dividido por capítulos de personagens. Personagens reais, que se poderiam encontrar no nosso prédio, na nossa família ou no nosso grupo de amigos. Aliás, o tema principal é a família. E demonstra o quão somos influenciados pela forma como somos criados. A discrepância entre a família do William e a da Julia é gritante. Numa temos o silêncio e a solidão, noutra o amor e o riso.
A forma como estas 4 irmãs representam umas modernas Mulherzinhas é bastante engraçado. O livro é até referido várias vezes por elas, e chegam a nomear as personagens e com qual se identificam. Principalmente a Beth... e todos sabemos o que aconteceu à Beth...
Não consegui conectar-me à personagem da Julia. Demasiado calculista e fria. Como se a vida fosse uma lista e ela estivesse apenas a fazer "check" aos items que ia alcançando. Por sua vez, adorei a personagem Sylvie.
E é pela Sylvie que o livro não tem 5 estrelas. Ainda estou zangada com a autora pelo final do livro e por isso lhe roubo uma estrela.


Estamos de Volta

Quase 6 anos depois estamos de volta. Vamos voltar às reviews de livros que é a coisa mais importante neste blog, e a ideia inicial quando o comecei. Muita coisa aconteceu nestes 6 anos, a vida deu muitas voltas, mas o amor pelos livros e pela leitura foi a constante. São os livros que nos dão asas e por isso vamos actualizar o blog, dar opiniões sobre os livros que vamos lendo e tentando que vocês desse lado interajam também e deem a vossa opinião.

A árvore volta a revestir-se de nova folhagem para continuar a brotar cheia de folhas de livros.

segunda-feira, 26 de agosto de 2019

O Nascimento de Vénus, de Sarah Dunant - Opinião


O Nascimento de Vénus, de Sarah Dunant

Edições Asa



Alessandra Cecchi tem quase quinze anos quando o pai, um próspero mercador de tecidos, contrata um jovem pintor para pintar um fresco na capela do palazzo da família. Alessandra é uma filha da Renascença, tem uma mente precoce e um temperamento artístico… e rapidamente fica inebriada pelo génio do pintor. 
Muitos anos depois, a irmã Lucrezia morre no convento onde passou grande parte da sua vida. Perplexas, as outras freiras observam a estranha serpente tatuada no seu corpo. É que, antes de entrar para o convento, a irmã Lucrezia era Alessandra. Jovem, bela e inteligente, ela viveu o esplendor e luxo da Florença renascentista, conviveu com os ricos e poderosos, criou, amou, transgrediu... Como foi ela parar àquele convento? O que significa a tatuagem na sua pele? Quais foram afinal as causas da sua morte? Romance de amor, mistério e arte, O Nascimento de Vénus dá-nos a conhecer um irreverente elenco de mulheres inesquecíveis, que nos abrem as portas da Florença renascentista, um dos mais formidáveis centros de cultura e arte da história da humanidade.


Já tinha este livrinho aqui em casa há algum tempo e ainda não lhe tinha pegado. Erro crasso.
Este livro arrebatou-me desde o início. A personagem principal, Alessandra, é muito interessante. O seu feitio peculiar, diferente das raparigas da época, conquista. E o seu amor à arte, aos livros e ensinamentos pagãos, ao pensamento em si, transporta-nos para aquela Florença do século XV.
A história é contada na primeira pessoa. É de Alessandra que ouvimos os passos dos que a rodeiam, as suas acções, as suas conquistas e as suas decepções. As invasões de Florença pela França. A queda dos Médicis e a ascensão do medo religioso e da perseguição quase inquisidora. Tudo isto Alessandra nos mostra através dos seus olhos, dos seus ouvidos, dos seus passos e das suas escolhas.
E honestamente, à medida que vamos lendo sentimos que tudo irá rodar à volta do estranho pintor que o pai de Alessandra trouxe para casa.
A escritora consegue transportar-nos para o local. Consegue descrever cheiros e cores que ficam gravados na nossa memória, como se nós próprios os tivéssemos visto e cheirado. É como se, durante o tempo que lemos o livro, estivéssemos ali a viver com as personagens no meio de Florença, a sentir a vibração da cidade.
E quando pensamos que temos a linha da história percebida eis que, como aranha a tecer a sua teia, somos desviados para um rumo ligeiramente diferente. Fazendo com que a história ganhe um novo fôlego e agarrando-nos mais ainda às páginas do livro.
Foi uma boa surpresa. De tal maneira que, confesso, está-me a ser difícil desprender da história do livro e sentir-me livre para começar outro. Achava que ia ser somente mais um entretêm de verão mas foi bem mais que isso. Agora só lamento o tempo que demorei a pegar nele.
Vou ficar atenta a mais livros da autora, sem dúvida.

Recomendo a 100%.