Entre o Céu e a
Terra, de Nora Roberts
Trilogia das
Três Irmãs, vol. 2
A jovem Ripley Todd
quer apenas levar uma vida tranquila na acolhedora Ilha das Três Irmãs. O seu
trabalho como ajudante de xerife mantém-na ocupada e feliz e, quando lhe
apetece estar com alguém, não tem dificuldade em encontrar um parceiro...
apesar de isso estar a acontecer cada vez menos vezes. Satisfeita com a vida
que leva, Ripley só tem um problema na vida: os poderes especiais que possui e
que a atemorizam e confundem. E por mais que os tente esconder, não consegue
mantê-los sob controle. É então que surge o cativante Mac Booke, um pesquisador
do sobrenatural que chega à ilha para investigar os rumores da feitiçaria
local. Rapidamente ele se apercebe que existe algo extraordinário em Ripley. E
não são apenas os seus fulgurantes olhos verdes ou o seu sorriso irónico. Há
algo mais. Algo que ele é capaz de ver mas que ela é incapaz de admitir.
Fascinado pela luta interna dela com as suas próprias habilidades, Mac está
determinado a ajudá-la a aceitar quem é... e a encontrar a coragem para abrir o
seu coração. Mas antes que Ripley e Mac possam sonhar com o que o futuro
reserva, têm que enfrentar os demónios do passado. Pois a Ilha das Três Irmãs
guarda séculos de segredos e possui um legado de perigos que ainda a
assombra...
Alguns
de vós já sabem que gosto dos livros de Nora Roberts. E, principalmente, que
não resisto a uma trilogia dela. Normalmente nas trilogias a autora consegue
uma escrita mais fluída e cativante. Além de que as personagens são mais
desenvolvidas e os ambientes mais interessantes. Apercebi-me disso logo pela
Trilogia da Herança, a primeira que li, e fiquei completamente rendida à
Trilogia Irlandesa. Ambas descreviam uma Irlanda apaixonante (principalmente
quando a leitora já é apaixonada pela Irlanda e pelas suas lendas). Contudo,
todos me aconselhavam a Trilogia das Três Irmãs. Todos me afirmavam que eu iria
adorar.
E
é verdade.
Tal
como as restantes trilogias também esta se centra em três mulheres. Embora não
seja passada na Irlanda traz a sua magia na mesma até nós. E é com os
julgamentos das bruxas em Salem que começa a nossa história.
No
primeiro livro conhecemos Nell. Nell fugiu para a pequena ilha das Três Irmãs
sem saber que lá iria descobrir o seu destino. Lá encontrou as suas “verdadeiras”
irmãs. É que Nell, Ripley e Mia são descendentes das três irmãs originais. As
que fugiram de Salem e criaram a ilha com um encantamento que a separou do
resto do Continente. Porém, cada uma delas traz em si o passado da irmã “original”.
Nell trazia o medo e a dor daquela que se chamava Ar.
No
segundo livro da Trilogia conhecemos melhor a história de Ripley. Após a noite
em que para salvar Nell ela teve de fazer ressurgir a magia que sempre tentou
negar, Ripley quer apenas voltar à sua vida normal. E, principalmente, esquecer
de vez uma magia que não quer nem sabe controlar. Mas o destino quer fazer
cumprir o encanto das três irmãs originais.
Na
ilha aparece Mac Booke, um pesquisador do sobrenatural que quer entender o que
se passou naquela noite. Com maquinetas e gravadores quer entrevistar as três
intervenientes e perceber o que aconteceu e até que ponto a magia de que todos
falam é verdadeira. De Nell e Mia recebe todo o apoio. Mas Ripley recusa-se a colaborar.
Até ao momento em que percebe que Mac tem algo mais a oferecer do que um estudo
cientifico. Ele pode muito bem ser o homem que lhe está destinado. E Ripley
permite-se, pela primeira vez, apaixonar por alguém.
Contudo
o destino move-se ao mesmo tempo. E traz à ilha Harding, um jornalista movido
pelo dinheiro. Harding pode colocar em perigo os delicados fios que unem as
personagens. A magia é novamente necessária e será Ripley, a descendente
daquela a quem chamavam Terra, a chave para que todos possam sobreviver.
O
tema só por si já me encanta. Lembro-me que o primeiro livro me conquistou
simplesmente com a primeira frase, uma oração à Deusa. A história das Três Irmãs
e de como as suas descendentes têm de lidar com o destino faz parte do meu
imaginário desde sempre. Os rituais que Mia faz, as preces, os amuletos, fazem
quase parte do meu dia a dia. Por isso esta trilogia tinha tudo para me
encantar.
Ao
contrário de Nell, que foge de um ambiente de violência doméstica, Ripley tem
uma vida calma. Polícia da ilha, como o irmão, apenas se aborrece com as
constantes lembranças de que também ela possui o Poder. Confrontada com Mac
todos os seus demónios vêm ao de cima. É obrigada a pensar naquilo que sempre
quis esconder. E pior, é obrigada a usá-lo para os salvar. A personagem de
Ripley é bastante interessante. E a “luta” constante contra Mac e contra o seu
próprio coração faz-nos soltar algumas gargalhadas. A história segue o normal
caminho de quem já está habituado a estes livros de Nora Roberts. Por isso é
perfeitamente normal e aceitável quando chegamos à última página e queremos ir
a correr ler o próximo livro da trilogia.
A
não perder para fãs da autora, para fãs do tema e também um bom começo para
quem não conhece e quer ser apresentado à escrita de Nora Roberts.
Parece impossível que ainda não li nada dela. É verdade que já me passou a fase dos livros mágicos, etc e tal. Mas a tua crítica despertou o interesse.
ResponderEliminarBeijinhos, mil
Para ti minha querida recomendava começares pela Trilogia da Herança. Algo mais real mas que retrata uma Irlanda fantástica cheia de lendas.
EliminarBeijo enorme!