domingo, 12 de janeiro de 2014

Refúgio, de Nora Roberts - Opinião

Refúgio, de Nora Roberts

Jo Ellen, fotógrafa de renome, pensava ter fugido à casa chamada Refúgio há muito tempo. Ali passara os seus anos mais tristes, depois do desaparecimento inesperado da mãe.
Contudo, a casa que encima as praias exóticas de uma ilha ao largo da Geórgia continua a assombrá-la. E agora, mais assustadoras ainda são as fotografias que alguém lhe começa a enviar: primeiros planos sinistros e puros, culminando no retracto mais chocante de todos, o da mãe… nua, bela e morta. Jo terá de regressar à ilha da sua infância e à família que procurou esquecer. Com a ajuda de um homem, descobrirá toda a verdade sobre o seu trágico passado. Mas o seu Refúgio pode revelar-se o local mais perigoso de todos…

De vez em quando sabe bem voltar a Nora Roberts. Uma leitura mais leve, que não nos obriga a pensar, que nos abstrai dos problemas que nos rodeiam e que, quase sempre, se torna agradável.
Desta vez a autora leva-nos a conhecer Jo Ellen, uma fotógrafa profissional que tenta superar o abandono da mãe no passado, que foge de casa para construir uma vida autónoma sem precisar da ajuda de ninguém. Mas depressa Jo percebe que, como dizia Hemingway, “nenhum homem é uma ilha”. Depressa percebe que o passado não pode ser simplesmente apagado e que é a companhia dos outros que nos permite superar os obstáculos e viver.
Quando começa a receber fotografias suas, demasiado pessoais, Jo percebe que algo está errado. Mas não imaginava que no meio delas surgiria uma foto da mãe. A mãe que os abandonara há 20 anos, sem nunca mais dar notícias, aparecia agora na foto nua e morta. O que seria real naquela foto que desaparece misteriosamente?
Tudo isto leva Jo a voltar às origens. E as suas origens estão em Desejo, uma ilha quase privada onde está a bela casa de família conhecida como Refúgio. 20 anos depois Refúgio é um hotel familiar dirigido pelas hábeis mãos da prima Kate, e dos irmãos de Jo, Brian e Lexy.
Mas o passado desembarca com ela na ilha e quer confrontá-los a todos com o que aconteceu há 20 anos…
A história está bastante bem construída, como é normal na autora. As descrições de Refúgio e da ilha são fantásticas. Apetece-nos ir lá passar umas férias. As personagens estão bem delineadas e são interessantes.
Como sempre, nos livros de Nora Roberts, há o romance. Neste caso três casais, os três irmãos, que enfrentam os seus medos de abandono. E depois há o policial. A ânsia de descobrir o assassino, o perseguidor de Jo. No entanto achei-o bastante fácil de identificar.
O ponto fraco? O fim. Demasiado rápido e sem a emoção que se esperava.

Um livro para quem gosta da autora, para quem quer um livro fácil de ler e que, apesar do tamanho, é bastante rápido.

5 comentários:

  1. Põe aí na lista para me trazeres um livro dela. Um dia tenho que experimentar, né? Mesmo sendo mais light mas, como dizes, um destes de vez em quando faz bem.
    Beijinho, um doce domingo

    P.S. E o Gui? (Não sei porque o trato por "o", será que tem género?)

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    1. Claro que sim. Tenho pena de não ter o que penso mais seria do teu agrado "A Dama Negra", já que envolve arte e Itália. Um livro mais leve de vez em quando sabe sempre bem para desanuviar a cabeça.
      Beijo enorme.

      P.S. - O Gui cá continua agarradinho. Diz que está frio lá fora. Chamamos-lhe "o" Gui porque é uma pedra macho :p

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  2. Eu gostei imenso ler este livro mas tem razão facil de descobrir quem é o assassino... Recomendo no entanto Fumo Azul de Nora Roberts, eu amei esse livro...
    http://redroselovepeaceandwrite.blogspot.pt/ manda-me a tua opinião se quiseres...

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    1. Olá Patrícia. Antes de mais obrigada pela visita e pelo comentário. Por acaso Fumo Azul ainda não li. Tenho de ver se apanho esse. Existem também os policiais de J.D. Robs, um pseudónimo de Nora Roberts, mas também nunca li nenhum desses. Um caminho a percorrer, sem dúvida ;)
      Gostei do teu cantinho. Terei de tirar tempo para o ler com atenção.
      Beijocas

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    2. Eu por acaso recomendo imenso os livros de J.D. Robs apanham muito o leitor e são surpreendentes e imprevisíveis. No entanto, em relação a Fumo Azul, adoro porque é sobre uma bombeira... é algo diferente. Obrigada e apreciava :D
      bjs

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