terça-feira, 5 de junho de 2018

Noite Sobre as Águas, de Ken Follett - Opinião


Noite Sobre as Águas, de Ken Follett

Southampton, Inglaterra, Setembro de 1939. A guerra estala na Europa. O Clipper da Pan American - o fabuloso e mais luxuoso hidroavião de sempre - faz o seu último voo em direcção aos Estados Unidos da América.

A bordo, encontram-se um aristocrata inglês, fascista assumido, e a sua família, uma princesa russa, um casal de amantes, um jovem bem-parecido, muito interessado no que não lhe pertence, artistas, homens de negócios e várias outras personagens que fogem do conflito armado e do seu próprio passado, para empreenderem uma travessia arriscada do Atlântico que lhes reserva uma tempestade de violência, intriga e traição.

Um thriller inesquecível de altíssima tensão, paixão, humor e suspense do mestre indiscutível deste género literário.

Foi a minha primeira experiência de Ken Follett. Ouvia falar dele, tanto bem como mal, graças aos famosos Pilares da Terra. Mas nunca tinha lido nada do autor. Sugeriram-me esta leitura numa altura que tem sido complicada para encontrar livros que me encantem.
A escrita é bastante apelativa e suave. Não se torna enfadonha. As personagens bem estruturadas e interessantes.
Follett apresenta-nos uma Inglaterra no início da guerra. E a maneira como essa guerra influencia o país e as pessoas. Ao mesmo tempo conta-nos histórias de diversas personagens. Personagens que diferem muito entre si. E que, devido à guerra, acabam por se cruzar a bordo de um hidroavião.
Gostei da maneira como cada personagem, e sua respectiva história, é apresentada de cada vez, uma a uma. Afinal são histórias de vida diferentes. Motivos diferentes que os fazem embarcar no hidroavião.
Das personagens realço a Margaret que gostei muito de ver crescer enquanto personagem e mulher; Harry, o ladrão com classe; e Nancy, a mulher poderosa que se vê numa emboscada familiar.
Temos aqui quase um policial que nos faz ler atentamente a tentar juntar todas as pontas soltas para percebermos a história.
Paralelamente a própria história do hidroavião torna o livro muito interessante.
Para mim um único senão: um final demasiado rápido e brusco. Para aquilo que estava à espera não houve um desenvolvimento das personagens para além do Clipper. Tive pena disso. Havia personagens que gostaria de saber melhor como se deram em terras americanas.
No geral, uma boa leitura, muito interessante, cativante e que vale a pena.
Recomendo.

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