segunda-feira, 16 de julho de 2012

Novidades Oficina do Livro


Os Fantasmas do Rovuma, de Ricardo Marques
A epopeia dos soldados portugueses em África na I Guerra Mundial

Durante a Grande Guerra, nas condições implacáveis do mato no Norte de Moçambique, milhares de soldados portugueses enfrentaram o inimigo alemão e desceram ao inferno. Escrito a partir de diários pessoais e documentos esquecidos, este é o relato de um pesadelo real vivido por homens sem esperança nem rumo nos confins de África. Uma aventura imperdível, feita de coragem e abnegação, que a História tentou apagar.

Este livro conta-nos a história de uma guerra de quem ninguém falou, reconstituição minuciosa de uma parte da nossa história que continua na mais completa obscuridade: as campanhas portuguesas no Norte de Moçambique durante a Primeira Guerra Mundial.
Entre 1914 e 1918, Portugal enviou quatro expedições militares para a frente mais esquecida da Grande Guerra. No norte de Moçambique, junto às margens do Rovuma, milhares de homens viram-se condenados a marchas de centenas de quilómetros pela selva - sem comida nem água, sem sapatos, sem roupa, apenas com medo. 
Os desastres sucederam-se. Os alemães eram mais rápidos, mais eficazes e conseguiam viver do que encontravam no mato. De ambos os lados, sempre esquecidos, centenas de milhares de africanos incógnitos roubados às suas aldeias e às suas vidas transportavam os mantimentos e as armas de uma guerra que nada lhes dizia. Esta é a história desta grande aventura contada pelos homens que a viveram.
Para Moçambique, foram enviados da metrópole 19 438 militares. A estes juntaram-se, ao lingo de 4 anos, portugueses que viviam na colónia e soldados indígenas. No total, a frente africana envolveu 39 201 combatentes.

O Autor
Ricardo Marques nasceu em 1974. Jornalista do Expresso, trabalhou também no Correio da Manhã e na revista Sábado. É autor dos livros Moçambique, o Regresso dos Soldados e Assim Matam os Portugueses.
Vive em Peniche. É casado e tem duas filhas.


Traição a Salazar, de José António Barreiros

Traição a Salazar, uma história verídica de duplicidade e clandestinidade. Resulta de uma investigação sobre a história, de uma organização inglesa desmantelada pela PVDE (antecessora da PIDE).

Traição a Salazar reconstitui com minúcia uma história de intrigas e conjuras, de espionagem e contra-espionagem, uma conspiração que pôs em causa a mais antiga aliança diplomática do mundo. Aborda o destino da chamada Rede Shell – uma organização britânica clandestina que se estendia todo o país e algumas colónias e que tinha como principal objectivo realizar sabotagens caso os alemães invadissem o país.
Em 1941, os ingleses temiam que Hitler, depois de subjugar a França, avançasse para a Península Ibérica. Receando essa invasão e desconfiando das intenções de Salazar, decidiram montar em Portugal uma rede clandestina que deveria destruir pontes, estradas e outras infra-estruturas para travar as tropas nazis. Com esta difícil missão, foi enviado para Lisboa um agente do SOE, o serviço de operações especiais britânico encarregue da «guerra não cavalheiresca».
John Grosvenor Beevor instalou-se em Lisboa e recrutou os elementos desta rede constituída por ingleses e portugueses, entre os quais vários funcionários da empresa Shell e personalidades como o barão de Vilalva ou Cândido de Oliveira, mais tarde fundador do jornal A Bola. Mas quando Beevor decidiu convencer a Legião Portuguesa a alinhar nos seus planos, Salazar depressa reagiu. O ditador estava atento aos propósitos secretos de Londres.

O Autor
José António Barreiros nasceu em 1949 e é advogado. Em paralelo a essa actividade, tem-se dedicado à escrita jurídica e ao ensaio histórico, como a introdução à obra O Príncipe de Maquiavel. Tem-se destacado no sector dos estudos sobre a guerra secreta em Portugal nos anos 1939-1945.
Publicou os livros A Lusitânia dos Espiões, colectânea de artigos; O Homem das Cartas de Londres, biografia de Rogério de Menezes, agente do Eixo; Uma Agente Dupla em Lisboa, biografia de Nathalie Sergueiew, do XX Committee; O 13.º Passageiro, sobre a fatídica viagem do actor Leslie Howard a Lisboa; e Ensaio sobre a Imortalidade, estudo psicológico sobre Ian Fleming e o seu intérprete James Bond. Traduziu e prefaciou a narrativa histórica Eu roubei o Santa Maria de Jorge Soutomaior. Com a Oficina do Livro, co-autorou Levante-se o Véu!, um ensaio sobre o estado da Justiça; e publicou também O Espião Alemão em Goa, sobre o ataque dos comandos britânicos a navios do Eixo internados em águas portuguesas na Índia.


Filhas, de Paulo José Miranda

Memórias e segredos num ziguezague que intercala o romance histórico e o presente, como o tempo de um jogo de futebol.

1746. O rei D. João V anuncia aos habitantes das ilhas dos Açores que a Coroa concede benefícios a quem decidir emigrar para o litoral sul do Brasil.
Ao embarcar nesta aventura, João Cabral cruza-se com Maria de Fátima, uma mulher fascinante e invulgarmente emancipada para época.
Desta união nasce uma descendência que marcará a saga da família Oliveira Cabral e a origem da colonização do Sul do Brasil, Florianópolis, antiga Ilha do Desterro.
Paulo José Miranda conduz-nos pela intimidade desta família através de uma empolgante viagem pelos laços que unem pai e filhas, Portugal e o Brasil.

O Autor
Licenciado em Filosofia pela Universidade de Lisboa, Paulo José Miranda (1965) é poeta, romancista e dramaturgo. Tem vários poemas, textos e artigos editados em revistas e jornais de vários países. Ganhou o Prémio Teixeira de Pascoaes com o seu primeiro livro de poesia, A Voz que nos Trai (1997), e o Prémio Literário José Saramago com o seu segundo romance, Natureza Morta (1998). Publicou também O Corpo de Helena (teatro), A Arma do Rosto (poesia), Um Prego no Coração, Vício (ficção), O Tabaco de Deus (poesia), O Mal (ficção), A América (teatro).
Desde 1998 que é membro do Pen Club. Foi bolseiro do Ministério da Cultura e da Fundação Oriente. Viveu em Istambul. Actualmente reside no Brasil.

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