terça-feira, 29 de novembro de 2011

Novidades Quetzal nas livrarias


O Sentido do Fim, de Julian Barnes

Man Booker Prize 2011

Tony Webster e a sua clique só conheceram Adrian Finn no fim do liceu. Famintos de livros e de sexo, e sem namoradas, viviam esses dias em conjunto, trocando afetações, piadas privativas, rumores e mordacidades de todo o género. Talvez Adrian fosse mais sério do que os outros, e seria certamente mais inteligente. Mesmo assim, juraram que ficariam amigos para o resto da vida. Tony está agora reformado. Teve uma carreira, um casamento e um divórcio amigável. E nunca fez nada para magoar ninguém – ou pelo menos acredita nisso. Mas a chegada da carta de uma solicitadora desencadeia uma série de surpresas, acontecimentos inesperados que lhe vão mostrar que a memória é afinal uma coisa altamente imperfeita.
Com marcas da literatura inglesa clássica – na apreciação do júri que o distinguiu com o Man Booker Prize 2011 –, O Sentido do Fim constrói, com grande delicadeza e precisão, uma trama tensa, forte, e revela a mestria de um dos maiores escritores dos nossos tempos.


José e Pilar – Conversas Inéditas, de Miguel Gonçalves Mendes

Durante quatro anos, Miguel Gonçalves Mendes filmou José Saramago e Pilar del Rio, na intimidade de Lanzarote, em viagens de trabalho por todo o mundo, em festas com os amigos e a família. Desse intenso registo resultaram, primeiro, o filme, José e Pilar, e agora, o livro que se compõe, essencialmente, de material inédito: centenas de horas de conversas que exploram grandes temas como a política, o amor, o trabalho, a literatura e a morte.





Palavras Cruzadas com Literatura, de Paulo Freixinho

Palavras Cruzadas com Literatura apresenta setenta e dois problemas em torno de obras de doze autores portugueses: Almeida Garrett; Agustina Bessa-Luís; Luís Vaz de Camões; Eça de Queirós; Florbela Espanca; Vergílio Ferreira; Dinis Machado; José Luís Peixoto; Fernando Pessoa; J. Rentes de Carvalho; José Saramago; Miguel Torga.







Breviário das Más Inclinações, de José Riço Direitinho

«Depois de se ter deitado com um homem, lavava-se sempre numa infusão de folhas de arruda, apanhadas ao luar, e bebia tisanas com sementes de funcho e de sargacinha-dos-montes, para que as regras não lhe faltassem.»


Assim começa este romance que narra a vida e a morte (aos 33 anos, como Jesus) de José de Risso, um homem de virtude que nasceu marcado nas costas com um sinal em forma de folha de carvalho. Pelo meio há o enorme lobo de Espadañedo, um lobisomem que descia da serra quando a Lua lhe estava de feição; há receitas de chás e de tisanas que curam do mau-olhado, da má-sina com as mulheres, dos amores infelizes, das galhaduras, dos maus pensamentos; há chás e tisanas que fazem recobrar os ímpetos aos homens; há também Purísima de la Concepción, a muito bonita e alegre viúva galega, de quem se dizia (sem se ter a certeza) que encomendara a morte do marido a um matador de touros andaluz a quem as mulheres casadas chamavam, com disfarçado fervor e muita paixão contida, Niño del Teso; há um circo de saltimbancos com uma cigana de enormes asas brancas que voa nua por cima do pátio da escola; há uma professora da Primária, muito nova e muito bonita, de quem se dizia que gostava de mais dos meninos; há refugiados espanhóis fugidos à Guerra Civil que começou no dia de São Camilo; há ricos contrabandistas de volfrâmio; há curas e milagres; há o fiel Lázaro, o cão; há ainda uma mulher contorcionista que deita espuma verde pela boca; e há muito mais de um Portugal que lentamente vai desaparecendo.


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