Hush, Hush - Opinião

Hush, Hush, de Becca Fitzpatrick

PortoEditora

Um Juramento Sagrado

Um Anjo Caído

Um Amor Proibido

Apaixonar-se não fazia parte dos planos de Nora Grey. Nunca se sentira atraída por nenhum dos rapazes da sua escola, apesar da insistência de Vee, a sua melhor amiga.
Então, aparece Patch. Com um sorriso fácil e uns olhos que mais parecem trespassar-lhe a alma, Patch seduz Nora, deixando-a completamente indefesa.

Mas, após uma série de encontros assustadores com Patch, que parece estar sempre onde ela está, Nora não consegue decidir se há-de cair-lhe nos braços ou fugir sem deixar rasto.

Em busca de respostas para o momento mais confuso da sua vida, Nora dá consigo no centro de uma antiga batalha entre imortais. E quando é chegada a altura de escolher um rumo, a opção errada poderá custar-lhe a vida.

Tinha bastante curiosidade neste livro, confesso. Andava há bastante tempo à espera que me caísse nas mãos para poder satisfazer a minha curiosidade.

Finalmente isso aconteceu.

O livro foi devorado do início ao fim com uma curiosidade crescente a cada página. Gostei bastante da maneira fluída com que “corre” o texto e a acção. Não nos faz ficar cansados nem entediados. Pelo contrário. As palavras têm o condão de nos agarrarem e nos prenderem num laço mágico que nos faz ansiar pelo final.

A maneira como Patch é descrito encanta qualquer coração feminino que leia o livro. A figura de bad boy com uns olhos negros lindíssimos. O seu sorriso hipnótico e por vezes cínico. O estar sempre lá e fazer questão de mostrar o que quer… quem quer.

Nora não é a típica adolescente insonsa. É uma personagem trabalhada que vai crescendo, aos poucos, durante a acção. Simpatizei com ela. E até Vee me fez dar umas quantas gargalhadas. Impossível não achar graça à rapariga.

A história está bem construída. A queda dos anjos é um dos assuntos mais falados e pode ser equiparado a algumas histórias da antiga Grécia e Roma. A maneira como é criado o Inferno, como Hades deixou o Monte Olímpo. São histórias com que crescemos. Algumas às quais damos atenção, outras que nem ligámos. A autora soube desfiar bem o novelo entrançado destas lendas/histórias. Conseguiu criar uma história interessante que, espero, tenha feito o público-alvo pesquisar pelos seus próprios meios as bases destas lendas.

Um senão… em vários momentos da história tive breves sensações de já ter lido qualquer coisa parecido. A aula de biologia faz-me lembrar Crepúsculo, bem como a descoordenação a educação física. A luta entre Nora e Dabria faz-me lembrar algo de Eternidade. E até a cena final na escola me faz lembrar A Terra das Sombras, da série Mediadora de Meg Cabot.

Mas o interessante é que, mesmo fazendo-me lembrar cenas de outros livros, no conjunto consegue ser um livro muito bem conseguido e posso dizer que fiquei fã.

Recomendo vivamente e fico, ansiosamente, à espera do próximo capítulo!