quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

A Árvore dos Segredos - Opinião



A Árvore dos Segredos, de Sarah Addison Allen

Sarah Addison Allen dá-nos as boas-vindas a uma nova povoação: Walls of Water, na Carolina do Norte, onde os segredos são mais espessos do que o nevoeiro das famosas quedas-dágua da cidade, e as superstições são, de facto, reais.
Willa Jackson vem de uma antiga família que ficou arruinada gerações antes. A mansão Blue Ridge Madam, construída pelo bisavô de Willa durante a época áurea de Walls of Water, e outrora a mais grandiosa casa da cidade, foi durante anos um monumento solitário à infelicidade e ao escândalo. Mas Willa soube há pouco que uma antiga colega de escola a elegante Paxton Osgood - da abastada família Osgood, restaurou a Blue Ridge Madam e a devolveu à sua antiga glória, tencionando transformá-la numa elegante pousada. Talvez, por fim, o passado possa ser deixado para trás enquanto algo novo e maravilhoso se ergue das suas cinzas. Mas o que se ergue, afinal, é um esqueleto, encontrado sob o solitário pessegueiro da propriedade, que com certeza irá fazer surgir coisas terríveis.
Pois os ossos, pertencentes ao carismático vendedor ambulante Tucker Devlin, que exerceu os seus encantos sombrios em Walls of Water setenta e cinco anos antes, não são tudo o que está escondido longe da vista e do coração. Surgem igualmente segredos há muito guardados, aparentemente anunciados por uma súbita onda de estranhos acontecimentos em toda a cidade.

Desta autora tinha lido um único livro, O Jardim Encantado, e fiquei fascinada com o modo de escrita dela. O livro tinha-me encantado de tal maneira que o achei delicioso. Assim, quando surgiu a oportunidade de ler a restante obra da autora não me fiz de negada e aceitei prontamente.
Comecei com A Árvore dos Segredos.
Ao contrário d’O Jardim Encantado, este livro tem uma magia mais subtil. Como uma aragem de vento que passa por entre as folhas sem nos tocar realmente. Mas não é por isso que a história perde o seu encanto. Pelo contrário. Faz-nos focar mais nas personagens e na história em si.
É fácil apaixonarmo-nos por Willa, a personagem principal. Apesar de “aceitarmos” a sua vida que parece monótona queremos mais para ela. Queremos ver os horizontes abrirem-se com novas oportunidades. E é Colin que lhe abre esses horizontes.
Apesar de ser descendente de uma abastada família, uma das famílias fundadoras da povoação, o dinheiro e a fama foram-se perdendo ao longo do tempo. E outras famílias aproveitaram essa fama e dinheiro. É o caso dos Osgood’s, a família de Colin.
No entanto, e para mim, a história principal não é o romance de Willa e sim a história de amizade. A história de amizade que uniu as avós de Willa e Paxton Osgood e que as irá unir a elas para que o passado possa ser encerrado, finalmente.
O livro é de leitura fácil e viciante. Lê-se num sopro. E quando acabamos apetece-nos logo agarrar noutro livro da mesma autora.
Recomendo vivamente!

2 comentários:

  1. É pôr na lista de livros para me emprestar no nosso próximo encontro, se faz favor :)
    Beijinho, sabe tão bem ler-te!
    Ruthia d'O Berço do Mundo

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    1. Ruthia, querida, confesso que na altura de pensar na tua prenda de natal estive bastante inclinada para um livro desta autora. Mas depois mudei o rumo...
      Este livrinho foi emprestado mas pode ser que se arranje alguma coisa :P
      Beijos grandes

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