quarta-feira, 23 de maio de 2012

Adriana Lisboa na Quetzal


Azul-Corvo, de Adriana Lisboa

«Após a morte da mãe, Evangelina, Vanja, decide voltar aos Estados Unidos, onde nasceu, para tentar localizar o seu pai. Em companhia do ex-marido da mãe, Fernando, e de um simpático garoto salvadorenho, Carlos, ela mergulha em recordações alheias para organizar a sua própria história. Neste trajecto, Vanja também toma consciência do passado recente do Brasil, por meio das lembranças de Fernando, o ex-guerrilheiro no Araguaia.
Azul-Corvo é um romance sobre a pertença – e nesse sentido Adriana Lisboa propõe uma discussão mais do que actual. Todas as personagens estão em trânsito (uma verdadeira diáspora de indivíduos) e os lugares que habitam são provisórios, precários, movediços. Vanja, a certa altura, pergunta-se se “o espaço que uma pessoa ocupa no mundo sobrevive à própria pessoa”. Ora narrando as suas memórias provisórias, feitas de sofrimento sim, mas alicerçadas em amizades sinceras, o livro termina quando a sua vida efectivamente começa, ou seja, quando Vanja passa a ocupar um espaço próprio no mundo. Uma história inesquecível.»

Luiz Ruffato

Nas livrarias a 25 de Maio

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