terça-feira, 12 de julho de 2011

Jogos de Sedução - Opinião

Jogos de Sedução, Madeline Hunter
Edições Asa

Roselyn Longworth está prestes a ser leiloada numa festa para a qual foi arrastada. Perante o horror de poucos e a alegria de muitos é Kyle Bradwell que vence o leilão.
Kyle trata Roselyn com uma delicadeza a que ela não está habituada. Quando descobre o que o motivou a salvá-la do seu terrível passado, é já demasiado tarde: Roselyn está perdidamente apaixonada pelo homem que sabe os seus mais íntimos segredos.

A história é típica. Timothy, irmão de Rose, leva a família à ruina após um esquema que rouba a muitos homens importantes consideráveis quantias de dinheiro. Vendo-se na pobreza Rose decide entregar-se a Norbury, um homem rico e de poucos escrúpulos, que arrasta o seu nome na lama quando a tenta leiloar numa das suas indecentes festas.
O que Rose não sabe é que o seu cavaleiro andante Kyle é um dos principais credores de Tim. De origem humilde, Kyle subiu na sociedade graças à protecção do pai do seu inimigo.
Contrariando todas as vozes da sociedade pede Rose em casamento. Pedindo-lhe apenas que esqueça o irmão, fugido em Itália. A protecção que Kyle dá a Rose é quase cega, motivada pela luxúria e, mais tarde, pelo amor.
A autora traz-nos um ambiente inglês fantástico e carregado da simbologia da época. As descrições dos salões e das roupas é perfeita e leva-nos a percorrer os mesmos corredores que as personagens.
Não nos podemos esquecer que são livros que se baseiam na sexualidade. E esta é vivida intensamente pelo casal Rose e Kyle, numa autodescoberta e numa luta frenética em que as máscaras caiem e os segredos são descobertos.
Para tal a visita dos noivos à terra natal de Kyle é umas das mais importantes passagens do livro. Lá descobrem-se segredos enterrados, novas esperanças e novos horizontes para percorrer.
Rose é uma personagem que ora nos encanta ora nos faz querer dar-lhe uma reprimenda. A sua inocência chega, por vezes, a roçar a estupidez. A fé que ainda deposita no irmão Tim é inacreditável.
O rol de personagens é fantástico. O maquiavélico Norbury, a sonhadora Alexia, a estranha Phaedra, o poderoso Lord Eastbrook. Todos adicionam o seu cunho à história tornando-a difícil de largar.
Há situações deliciosas como a de Henrietta, uma personagem pela qual não se nutre grande afeição no início e que se torna uma personagem deveras interessante. As reviravoltas são constantes ao longo da trama.
O final, no entanto, achei-o pobre. E não será certamente aquele que todos escolheríamos. Mas era um final possível entre muitos.
Uma autora a seguir, sem dúvida.

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